sábado, 23 de dezembro de 2017
Uma bênção irlandesa de Natal
Que Deus te conceda luz a cada passada,
sorrisos nos rostos que possas encontrar,
os bem-amados reunidos à tua lareira
e à tua porta bons amigos para saudar;
um hino sagrado sobre os teus lábios
e à janela o brilho fulgente dum castiçal.
Possa o bom Deus abençoar teu coração
e nele habitar, nesta noite de Natal.
(Autor desconhecido.)
(Versão de Pedro Belo Clara a partir do original em inglês.)
terça-feira, 12 de dezembro de 2017
QUANDO FORES VELHA
Quando fores velha e grisalha, de sono fecunda,
dormitando à lareira, toma este livro em mãos.
Lê-o devagar, sonhando com os raios sãos
que outrora teus olhos tiveram, e sua sombra profunda.
Muitos amaram os teus momentos de graça aprazível,
e amaram com falso ou vero amor a tua beleza;
mas um só amou a tua peregrina natureza
e os lamentos desse rosto perecível.
Debruçada sobre o ferro em ebulição,
murmura, com leve tristeza, como o Amor escapou
e em largas passadas montanhas galgou,
escondendo a face numa estrelada imensidão.
William Butler Yeats (1865 - 1939)
(Versão de Pedro Belo Clara a partir do original publicado em The Rose, 1893)
An Old Woman Reading,
Harry Clifford Pilsbury (1870 - 1925)
domingo, 3 de dezembro de 2017
Uma bênção irlandesa e uma oração escocesa da tradição oral
I. A bênção da chuva
Que sobre ti recaia a bênção da chuva,
A bênção da gentil e doce chuva.
Que tombe sobre o teu espírito
Para que todas as pequenas flores
Desabrochem e exalem a sua doçura.
Que sobre ti recaia a bênção das grandes chuvas.
Que tombem sobre o teu espírito,
Livrando-o de impurezas,
E nele façam várias poças de água,
Onde o azul dos céus brilha,
Por vezes uma estrela.
II. Ao Sol
Eu te saúdo, Sol das estações,
Na tua viagem pelos altos céus.
Rasto indelével no cimo dos montes,
Senhor amável de todas as estrelas.
Mergulhas sereno nas trevas do mar,
Ninguém te toca e nada tu sofres.
Depois te levantas da calma das ondas
Como jovem príncipe coroado de rosas.
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